A repressão à mineração de Bitcoin no Paraguai atingiu um novo marco. O país apreendeu mais de 10.000 mineradores ASIC neste ano. Isso o coloca no mesmo patamar dos recentes esforços de fiscalização da Venezuela.
A Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) realizou mais de 70 batidas. Estas visaram suspeitas de fazendas de mineração de Bitcoin em todo o Paraguai.
A repressão na Venezuela faz parte de uma ampla campanha anticorrupção. O foco do Paraguai é diferente. Visa estabilizar as redes elétricas em risco de sobrecarga.
A última apreensão em Ciudad del Este capturou 450 rigs ASIC. Eles não estavam conectados. As máquinas estavam escondidas em um armazém em Hernandarias, Alto Paraná.
ANDE chamou isso de "local de armazenamento para equipamentos de fazendas de criptomoedas". Os promotores acham que os equipamentos podem ser de uma instalação próxima em Santa Mónica.
Este caso pode estar ligado a uma anterior "falha" de apreensão. Mineradores supostamente esvaziaram uma fazenda ilegal antes da chegada dos investigadores.
Hernandarias está se tornando um ponto quente para a mineração ilícita. As autoridades abriram 20 casos criminais lá somente este ano.
A mineração de Bitcoin é um tema controverso no Paraguai. O país é conhecido por seu excedente de energia hidrelétrica.
Alguns acham que a mineração poderia impulsionar a economia do Paraguai. Atualmente, a nação vende o excesso de energia para os vizinhos a preços baixos.
Um novo grupo industrial está se opondo às tarifas de energia mais altas para os mineradores. Eles afirmam que isso poderia "matar" o setor e custar ao Paraguai US$ 1,5 bilhão e centenas de empregos.