MetaMask, Phantom e vários outros provedores de carteiras de criptomoedas anunciaram na quarta-feira uma parceria com a Security Alliance para estabelecer uma rede de defesa contra phishing em tempo real, respondendo a perdas superiores a $400 milhões de ataques de phishing nos primeiros seis meses de 2025.
O Que Saber:
- A rede de defesa conecta MetaMask, Phantom, WalletConnect e Backpack para compartilhar dados de ameaças de phishing em tempo real
- Ataques de phishing causaram o maior número de incidentes de segurança no início de 2025, de acordo com a empresa de segurança blockchain CertiK
- O sistema permite que pesquisadores de segurança em todo o mundo validem e relatem sites maliciosos em todas as carteiras participantes simultaneamente
Nova Infraestrutura Mira Ameaças em Evolução
A equipe MetaMask disse que a iniciativa cria o que a Security Alliance (SEAL) descreve como um "sistema imunológico descentralizado para segurança cripto onde qualquer pessoa ao redor do mundo pode prevenir o próximo grande ataque de phishing." A rede funciona com o sistema de relatórios de phishing verificáveis da SEAL, anunciado na semana passada, que permite aos pesquisadores de segurança demonstrar que sites suspeitos contêm conteúdo de phishing real em vez de falsos positivos.
O processo de verificação aborda um desafio persistente na segurança de criptomoedas. Métodos tradicionais de defesa têm dificuldade em acompanhar drenos de cripto, ferramentas maliciosas que extraem fundos de carteiras digitais.
Essas ameaças adaptaram seus métodos para contornar proteções padrão.
Os atacantes agora rotacionam páginas de destino mais rapidamente quando listas de bloqueio de segurança são atualizadas. Eles mudam para hospedagem offshore quando provedores de infraestrutura impõem restrições. Eles empregam técnicas de mascaramento que ocultam código malicioso dos sistemas de varredura automatizados.
Provedores de Carteira Coordenam Resposta
Ohm Shah, um pesquisador de segurança na MetaMask, disse que a situação se assemelha a "um constante jogo de gato e rato." A parceria com a SEAL permite que as equipes de desenvolvimento de carteira respondam mais rapidamente e implementem descobertas de pesquisa de segurança de forma mais eficiente, Shah disse, "lançando efetivamente uma chave inglesa na infraestrutura dos drenos."
A rede estabelece um pipeline automatizado para inteligência de ameaças.
Quando usuários enviam relatórios de phishing, o sistema os valida e distribui avisos em todas as carteiras participantes sem exigir aprovação manual ou permissões especiais. Essa estrutura reduz os tempos de resposta quando novas campanhas de phishing surgem.
SEAL declarou que deseja expandir o sistema de compartilhamento de dados para outros provedores de carteira. A organização não especificou quais empresas podem se juntar ou forneceu um cronograma para expansão.
O anúncio surge quando o phishing se tornou o vetor de ataque dominante no roubo de criptomoedas. CertiK, uma empresa de segurança blockchain, identificou o phishing como responsável pela maioria dos incidentes de segurança durante a primeira metade deste ano. Os dados da empresa mostram que os atacantes roubaram com sucesso mais de $400 milhões por meio desses métodos.
Entendendo os Termos de Segurança Cripto
Phishing em criptomoedas envolve atacantes criando sites ou comunicações falsas que imitam serviços legítimos para roubar chaves privadas ou frases-semente. Drainers são ferramentas sofisticadas que automaticamente extraem todos os ativos de uma carteira comprometida quando um usuário concede permissões maliciosas. Listas de bloqueio são bases de dados de endereços e sites maliciosos conhecidos que sistemas de segurança usam para alertar ou bloquear usuários de interagir com ameaças.
Técnicas de mascaramento permitem que sites maliciosos exibam conteúdo diferente para scanners de segurança do que o que os usuários reais veem, ajudando atacantes a evitar detecção por sistemas automatizados.
Considerações Finais
A rede de defesa contra phishing representa um esforço da indústria para combater o roubo de criptomoedas por meio de compartilhamento coordenado de inteligência de ameaças. Se o sistema pode acompanhar o ritmo dos métodos de ataque em evolução ainda precisa ser demonstrado à medida que mais provedores de carteira consideram participação.