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10 Maiores Hacks de Exchanges de Criptomoedas nos Últimos Anos

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Alexey BondarevSep, 20 2024 6:26
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Nas primeiras horas de 20 de setembro, a exchange de criptomoedas de Singapura BingX confirmou que houve uma violação de segurança. O incidente resultou em "perda de ativos menor", segundo autoridades da empresa. Mas especialistas já disseram que poderia ter levado ao roubo de milhões de dólares. Esse não é o primeiro grande hack de exchange de criptomoedas dos últimos anos.

Conforme o mercado cresceu em valor, os riscos associados a ele também aumentaram. Hackers estão perseguindo exchanges de criptomoedas centralizadas porque elas são a porta de entrada para o mundo dos ativos digitais. Essas plataformas detêm bilhões em fundos de usuários, tornando-as tão atraentes quanto os bancos tradicionais eram em tempos anteriores para cibercriminosos. As criptomoedas são descentralizadas, e diferentes exchanges têm diferentes níveis de segurança. Isso levou a alguns dos maiores roubos na história do dinheiro.

O aumento dos hacks de exchanges revela uma verdade significativa sobre as criptomoedas: a tecnologia blockchain é elogiada por ser segura, mas os lugares onde os usuários armazenam e negociam seus ativos ainda estão abertos a ataques. Muitos desses hacks aproveitaram brechas nos protocolos de segurança, erros no código ou mesmo negligência por parte dos funcionários. Milhões de dólares foram roubados como resultado, o que prejudicou a confiança pública e fez as pessoas questionarem se as criptomoedas serão amplamente usadas sem uma infraestrutura melhor.

Enquanto o escândalo do BingX se desenrola, vamos observar os 10 maiores hacks de exchanges de criptomoedas dos últimos anos e falar sobre as falhas técnicas, efeitos financeiros e lições aprendidas.

1. Mt. Gox (2014) – A Queda do Gigante

A exchange japonesa Mt. Gox dominava as negociações de Bitcoin no início de 2010. Foi o local do que é provavelmente o hack mais famoso na história das criptomoedas.

A exchange gerenciava mais de 70% de todas as transações de Bitcoin no mundo em seu ponto mais movimentado. Muitas pessoas ficaram assustadas quando a Mt. Gox parou de negociar de repente em fevereiro de 2014. Logo depois, a exchange foi à falência e declarou que 850.000 BTC, que valia $450 milhões na época, haviam sido roubados. No dinheiro de hoje, aquele montante seria bilhões. Então, mesmo 10 anos depois, a história parece muito assustadora.

O ataque se desenrolou ao longo de vários anos. Hackers retiraram Bitcoin lentamente das carteiras da Mt. Gox, aproveitando brechas nas carteiras quentes da empresa e práticas de segurança ruins dentro da companhia. O principal problema foi uma fraqueza no sistema de verificação de transações da exchange. Esta fraqueza, chamada de "maleabilidade de transação", permitia que ladrões alterassem os IDs de transação e retirassem dinheiro sem serem pegos.

Mark Karpeles, que era CEO da Mt. Gox, foi posteriormente preso e acusado de roubo. O hack ainda é lembrado como uma lição no mundo cripto porque mostrou o quão perigoso pode ser quando a gestão é ruim e a segurança não é forte o suficiente. Parte do Bitcoin roubado foi recuperada.

2. Coincheck (2018) – O Roubo de $500 Milhões em NEM

Mais de $500 milhões em tokens NEM (XEM) foram roubados da exchange Coincheck, baseada no Japão, em janeiro de 2018.

As transações NEM são mais complicadas do que as de Bitcoin porque precisam ser aprovadas por mais de uma pessoa. Mas isso não ajudou. Por quê? Bem, infelizmente, a Coincheck manteve a maior parte de seu NEM em "carteiras quentes". As que estão online e podem ser hackeadas relativamente fácil.

Hackers invadiram os servidores da Coincheck e conseguiram acesso à carteira quente da exchange. Uma grande falha de segurança na exchange foi que carteiras multiassinaturas não foram usadas para um número tão grande de ativos. Uma vez dentro, os hackers moveram os NEM para contas diferentes. Embora a tecnologia blockchain não possa ser alterada, a Coincheck não pôde desfazer as transações porque o NEM é descentralizado.

A transparência do blockchain NEM ajudou a polícia a encontrar parte do dinheiro roubado, mas muito ainda está perdido. Por causa do hack, a Coincheck teve que reembolsar os usuários afetados do próprio bolso. Isso levou a uma maior supervisão das exchanges no Japão pelo governo.

3. Bitfinex (2016) – O Enigma Multi-Sig

A Bitfinex era uma das maiores exchanges de criptomoedas em agosto de 2016, quando um hack roubou 120.000 BTC, ou cerca de $72 milhões.

Uma empresa de segurança de blockchain chamada BitGo forneceu à Bitfinex um sistema de carteira multiassinatura. No entanto, essa configuração mostrou-se vulnerável devido ao hack.

Os hackers violaram a segurança da Bitfinex e conseguiram acesso às suas carteiras quentes. Falhas de segurança na gestão de chaves da Bitfinex e erros de codificação na implementação multi-sig foram as razões pelas quais os hackers conseguiram acesso, como foi descoberto mais tarde.

Tanto o impacto financeiro quanto o gerenciamento subsequente do hack da Bitfinex são notáveis. Para representar os fundos perdidos, a exchange criou um token (BFX) que os usuários poderiam negociar ou manter até que as finanças da exchange melhorassem. Enquanto a Bitfinex compensou os clientes impactados, o episódio lançou dúvidas sobre a segurança das exchanges centralizadas e a utilidade das carteiras multiassinaturas.

4. Binance (2019) – Um Alvo Grande Demais para Falhar

Em maio de 2019, um grande hack ocorreu na Binance, que é uma das maiores exchanges de criptomoedas em termos de volume. No momento do ataque, 7.000 BTC—equivalente a cerca de $40 milhões—foram roubados. E esse foi um grande evento na indústria cripto, para dizer o mínimo.

Os hackers usaram uma combinação de phishing, vírus e outras técnicas sofisticadas para obter um grande número de chaves API de usuários, códigos 2FA e potencialmente outras informações que poderiam ajudar a invadir os sistemas internos da gigante exchange de criptomoedas.

Devido aos métodos sofisticados usados, o hack da Binance se destaca. O hack foi realizado de maneira muito organizada pelos atacantes, que retiraram o Bitcoin em uma única transação rápida que acionou alarmes.

As retiradas foram imediatamente interrompidas e uma resposta de emergência foi lançada pela Binance. Felizmente para seus usuários, as perdas foram cobertas pelo fundo SAFU (Fundo de Ativos Seguros para Usuários) da Binance, que foi especificamente estabelecido para esse tipo de emergência.

Embora os sistemas de segurança da plataforma tenham sido comprometidos, os protocolos da Binance permitiram que eles minimizassem os danos e se recuperassem rapidamente, de acordo com o CEO da Binance, Changpeng Zhao, que posteriormente abordou o incidente.

A violação demonstrou que nenhuma plataforma é segura contra ataques cibernéticos em constante evolução.

5. KuCoin (2020) – O Roubo de $275 Milhões

Um hack ocorreu em setembro de 2020 na exchange de Singapura KuCoin, e aproximadamente $275 milhões em Ethereum, Bitcoin e tokens ERC-20 foram roubados.

Mais uma vez, as carteiras quentes da exchange foram comprometidas, demonstrando os perigos de manter ativos substanciais online.

Tanto a quantidade roubada quanto a reação rápida da KuCoin tornaram o ataque notável. Uma parte significativa dos fundos roubados foi rapidamente congelada pela exchange, que colaborou com equipes de projetos e empresas de blockchain. No final, mais de $200 milhões dos fundos saqueados foram recuperados.

A resposta da KuCoin demonstrou o quão avançadas estão se tornando as medidas de segurança cripto, especialmente a capacidade de trabalhar com projetos de blockchain para parar ou desfazer a transferência de dinheiro roubado.

Mas isso desencadeou uma conversa mais ampla sobre os perigos das exchanges centralizadas e chamou a atenção para a necessidade de melhorar a segurança das carteiras quentes.

6. NiceHash (2017) – O Hack de Mineração de $64 Milhões

O mercado de mineração de criptomoedas NiceHash, na Eslovênia, foi alvo de um hack em dezembro de 2017, resultando no roubo de 4.700 BTC, que valia cerca de $64 milhões na época.

Depois de roubar dinheiro da NiceHash, os perpetradores provavelmente usaram engenharia social para acessar os sistemas internos da empresa.

Ao contrário de hacks mais típicos, esse mirou uma plataforma de mineração.

Usuários da NiceHash, que haviam alugado sua potência de computação para outros em troca de Bitcoin, sofreram perdas pesadas. Em resposta, a empresa congelou todas as operações e lançou uma investigação exaustiva.

Embora a NiceHash eventualmente tenha pago os usuários afetados, o incidente demonstrou quão suscetível é todo o ecossistema de criptomoedas, incluindo as plataformas de mineração.

7. Liquid (2021) – A Exploração de $94 Milhões

A exchange japonesa Liquid perdeu mais de $94 milhões em Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas em um hack que aconteceu em agosto de 2021.

Os ativos da Liquid foram movidos para vários endereços depois que hackers ganharam acesso às suas carteiras quentes. Assim que perceberam que poderiam perder mais dinheiro, a exchange transferiu o dinheiro para carteiras frias.

Após isso, a Liquid colaborou com outras exchanges para interromper todas as transações na tentativa de identificar os ladrões e, idealmente, recuperar seus fundos roubados. Embora uma parte dos fundos tenha sido recuperada, o incidente destacou as preocupações persistentes em relação à vulnerabilidade das carteiras quentes e as dificuldades em segurança de ativos digitais em tempo real.

8. Cryptopia (2019) – A Queda de um Pequeno Gigante

Apesar de seu tamanho modesto, a exchange de criptomoedas baseada na Nova Zelândia, Cryptopia, era altamente estimada por seus usuários.

Um hack em janeiro de 2019 comprometeu a exchange, roubando cerca de $16 milhões em criptomoedas. A Cryptopia teve que parar todas as operações após o hack e a exchange foi à falência.

Como a Cryptopia tinha pouco dinheiro para pagar as vítimas, o hack foi especialmente ruim para elas. As propriedades inteiras de vários usuários foram perdidas. Os procedimentos internos e a gestão de risco da exchange foram questionados após as investigações revelarem várias brechas de segurança.

9. Zaif (2018) – O Hack de $60 Milhões

O hack que ocorreu em setembro de 2018 na exchange de criptomoedas japonesa Zaif resultou no roubo de aproximadamente $60 milhões em Bitcoin, Bitcoin Cash e MonaCoin.

Após invadir as carteiras quentes da exchange, os hackers conseguiram mover o dinheiro. Skip translation for markdown links.

Content: por um tempo antes que alguém percebesse.

Para recuperar algumas de suas perdas, a Tech Bureau, empresa-mãe da Zaif, vendeu uma participação controladora no negócio para a Fisco, outro provedor japonês de serviços financeiros. Como resultado do hack, a Zaif teve que interromper suas operações temporariamente, e o governo japonês começou a reprimir mais duramente as exchanges de criptomoedas.

10. Bitmart (2021) – A Violação de $150 Milhões na Hot Wallet

Em dezembro de 2021, ocorreu um enorme hack na Bitmart, uma exchange de bitcoin conhecida mundialmente. Dinheiro dos usuários, no valor de quase $150 milhões, foi roubado no ataque. As hot wallets para tokens Binance Smart Chain (BSC) e Ethereum (ETH) na exchange foram os pontos fracos que permitiram que o hack acontecesse. Os hackers conseguiram fazer o que queriam com a criptomoeda armazenada nas carteiras da Bitmart assim que conseguiram acessar as chaves das carteiras da exchange.

Um dos truques mais complexos dos atacantes foi configurar retiradas automáticas para muitos tokens, como Safemoon, Shiba Inu (SHIB) e outros.

A empresa de segurança PeckShield foi a primeira a perceber as transações estranhas e informar todos sobre elas. Logo depois, o CEO da Bitmart, Sheldon Xia, confirmou o hack e interrompeu retiradas e depósitos no site até que pudessem avaliar os danos.

A Bitmart rapidamente informou seus usuários de que pagariam por suas perdas de seus próprios bolsos.

Como outros hacks, o hack da Bitmart chamou a atenção para os grandes problemas de segurança que acompanham o armazenamento de hot wallets. Qualquer coisa que esteja sempre conectada à internet está sujeita a ataques.

Porém, há mais do que isso.

Ataques como este fazem as pessoas questionarem a confiabilidade das exchanges centralizadas e como elas podem manter os fundos dos usuários seguros.

Por causa do que aconteceu, muitos chegaram à conclusão de que a segurança precisa ser reforçada e o armazenamento em cold wallets precisa se tornar mais popular para que problemas semelhantes não aconteçam novamente.

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