Solana está absorvendo um ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) que atingiu aproximadamente 6 terabytes por segundo, mas a blockchain permanece operacional enquanto o preço de SOL testa um suporte crítico em US$ 126. O ataque marca uma das maiores tentativas de DDoS já registradas contra uma grande rede de criptomoedas, embora os validadores tenham mantido o processamento de transações sem interrupções confirmadas.
O que aconteceu: rede sob ataque
A infraestrutura da Solana está enfrentando um ataque DDoS que a FXStreet reports afirma ter gerado cerca de 6 Tbps de tráfego e bilhões de pacotes por segundo. A rede continuou processando transações apesar do volume, em contraste com os problemas de congestionamento que afetaram a chain em ciclos anteriores.
A ação de preço conta uma história diferente do desempenho da rede. SOL fechou três dias consecutivos em queda e negociou próximo de US$ 126 na terça-feira, com perdas diárias em torno de 1%.
Dados de derivativos da CoinGlass mostram que o open interest em futuros caiu cerca de 3,6% em 24 horas, para aproximadamente US$ 7,04 bilhões. As taxas de funding ficaram negativas em torno de -0,0078%, indicando que os vendedores a descoberto estão pagando para manter suas posições.
Indicadores técnicos apontam para mais pressão de baixa. O Índice de Força Relativa (RSI) diário está perto de 37 e continua caindo em direção à zona de sobrevenda, enquanto o MACD se aproxima de um cruzamento de baixa, com barras de histograma vermelhas se formando abaixo de zero.
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Por que importa: teste de resiliência
O ataque funciona como um teste de estresse para uma rede que a AInvest relata já ter processado até 93,5 milhões de transações diárias e lidado com picos de cerca de 500.000 transações por segundo em 2025.
A Solana opera sem interrupções há mais de 18 meses, de acordo com um relatório de meio de ano sobre o ecossistema da QuickNode.
A capacidade da rede de manter as operações sob ataque reforça seu posicionamento frente a concorrentes como BNB Chain, Avalanche e Near.
Dados da CryptoNewsRadar mostram que o valor total bloqueado (TVL) na DeFi da Solana ultrapassou US$ 11,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025, impulsionado por plataformas como Kamino e Jupiter.
O nível de US$ 126 segurou diversas correções desde novembro e se alinha ao suporte local observado no fim de junho. Um fechamento diário confirmado abaixo dessa zona pode abrir caminho para US$ 107 e, depois, para o nível psicológico de US$ 100, segundo a análise técnica da FXStreet. Vendas aceleradas podem empurrar os preços em direção ao suporte S2 do pivô, próximo de US$ 80.
O risco vai além da ação de preço imediata.
Posições long alavancadas enfrentam liquidações se o nível de US$ 126 falhar, potencialmente ampliando os movimentos de baixa, já que os ursos já pagam funding negativo para manter posições vendidas. Dados da AInvest mostrando mais de 22 milhões de endereços ativos recentemente, combinados com demanda por ETFs e o crescimento da DeFi, podem atrair compradores se os preços revisitarem US$ 100 ou abaixo.
A diferença entre o desempenho da rede e a ação de preço destaca como o posicionamento em derivativos e a liquidez macro podem direcionar a avaliação das criptomoedas independentemente da estabilidade da infraestrutura.
Narrativas recorrentes de ataque podem afastar o varejo, mesmo que os validadores continuem processando transações sem interrupção.
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