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Derivativos cripto da CME Group batem recorde de 795 mil contratos enquanto volatilidade impulsiona demanda institucional

há 10 minutos
Derivativos cripto da CME Group batem recorde de 795 mil contratos enquanto volatilidade impulsiona demanda institucional

A suíte de derivativos de criptomoedas da CME Group alcançou um volume diário recorde de 794.903 contratos em 21 de novembro, superando o recorde anterior estabelecido em agosto e destacando o crescente apetite institucional por ferramentas reguladas de gestão de risco em cripto em meio à maior incerteza de mercado.

O marco superou o pico anterior de 728.475 contratos registrado em 22 de agosto, marcando um aumento de 9% e coroando um ano de crescimento extraordinário para o maior mercado de derivativos do mundo. Apenas os micro futuros e opções de Bitcoin atingiram um recorde diário de 210.347 contratos, enquanto a suíte micro mais ampla chegou a 676.088 contratos.

"Em meio à contínua incerteza de mercado, a demanda por ferramentas de gestão de risco em cripto, profundamente líquidas e reguladas, está acelerando", afirmou Giovanni Vicioso, diretor global de produtos de criptomoedas da CME Group, em um comunicado oficial. "Clientes em todo o mundo continuam recorrendo aos nossos futuros e opções de criptomoedas de referência para proteger seu risco e buscar oportunidades nesse ambiente complexo, com grandes instituições e traders de varejo impulsionando a atividade recorde."

A disparada ocorre enquanto o Bitcoin é negociado próximo de US$ 87.000 – cerca de 30% abaixo da máxima histórica de outubro, acima de US$ 126.000 – criando condições que normalmente estimulam a atividade em derivativos, à medida que traders buscam proteger exposição ou capitalizar a volatilidade.

O que aconteceu

O desempenho da CME Group em 2025 demonstra uma adoção institucional sustentada de derivativos cripto regulados. No acumulado do ano, a bolsa registra em média 270.900 contratos negociados por dia, com US$ 12 bilhões em valor nocional – um aumento de 132% em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados da própria companhia.

O open interest, que mede contratos em aberto ainda não liquidados, subiu 82% ano a ano, para 299.700 contratos, equivalentes a US$ 26,6 bilhões. Apenas no quarto trimestre, o volume médio diário chegou a 403.200 contratos, avaliados em US$ 14,2 bilhões – alta de 106% em relação ao quarto trimestre de 2024. O open interest do quarto trimestre avançou 117%, para 493.700 contratos, com US$ 35,4 bilhões em valor nocional.

O dia recorde coincidiu com uma turbulência mais ampla nos mercados. ETFs de Bitcoin à vista nos EUA registraram US$ 1,22 bilhão em saídas líquidas na semana passada, com saídas acumuladas de quatro semanas somando US$ 4,34 bilhões. Dados da CoinShares apontam que produtos globais negociados em bolsa de cripto atravessam seu terceiro pior período de saídas desde 2018, ainda assim a plataforma de derivativos regulados da CME continua atraindo mais negociações.

A atividade reflete estratégias institucionais divergentes: enquanto alguns investidores reduziram a exposição à vista por meio de resgates em ETFs, outros aumentaram posições em derivativos para gerenciar risco ou especular sobre movimentos de preço sem deter os tokens subjacentes. Essa dinâmica reforça o papel da CME como um local crítico de hedge quando as condições de mercado se deterioram.

A CME lançou futuros de Bitcoin em 2017 e desde então vem ampliando de forma constante sua oferta de criptomoedas. Em outubro de 2025, a bolsa adicionou opções sobre futuros de Solana e XRP, expandindo o portfólio além de Bitcoin e Ethereum. A empresa planeja introduzir negociação contínua 24/7 para futuros e opções de criptomoedas no início de 2026, alinhando-se à natureza ininterrupta dos mercados à vista de cripto.

Em 20 de novembro, a CME Group e a CF Benchmarks anunciaram dois novos índices de volatilidade de Bitcoin – o CME CF Bitcoin Volatility Index (BVX) e sua versão de liquidação (BVXS) – fornecendo referências transparentes para a volatilidade implícita embutida em opções de Bitcoin. "Com quase US$ 46 bilhões em valor nocional equivalente negociado em 2025, nossas opções de Bitcoin agora servem como referência para medir como o mercado enxerga a volatilidade geral do bitcoin", afirmou Vicioso no anúncio.

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Por que isso importa

Os volumes recordes sinalizam um aprofundamento da participação institucional em mercados de criptomoedas por meio de canais regulados. Os contratos da CME são liquidados em dinheiro e negociados sob supervisão da Commodity Futures Trading Commission, oferecendo às instituições exposição sem os desafios operacionais de custódia, chaves privadas ou preocupações de segurança associadas à posse direta de criptomoedas.

Para participantes das finanças tradicionais – incluindo hedge funds, fundos de pensão e gestores de recursos – a CME oferece uma infraestrutura familiar, com profunda liquidez que possibilita a execução eficiente de grandes ordens. A plataforma de derivativos, estabelecida há décadas e que vai muito além de cripto, dá conforto às instituições quanto ao arcabouço operacional e à conformidade regulatória.

A disparada nos produtos micro demonstra participação de varejo ao lado da atividade institucional. Os micro futuros de Bitcoin representam 1/10 do tamanho dos contratos padrão, reduzindo barreiras de entrada para traders menores, mantendo, porém, os benefícios da negociação em uma bolsa regulada. O recorde de 676.088 contratos da suíte micro sugere uma demanda ampla em diferentes segmentos de investidores.

Agha Mirza, diretor global de produtos de juros e OTC da CME Group, observou que os clientes se beneficiam de mais de US$ 20 bilhões em economia diária de margem em produtos de taxa de juros, graças à capacidade de portfólio e cross-margin. "À medida que os participantes de mercado navegam a incerteza em torno do crescimento econômico e do ritmo de afrouxamento do Federal Reserve, eles recorrem aos nossos mercados em busca de eficiências e liquidez incomparáveis", afirmou Mirza no comunicado da empresa.

A atividade recorde contrasta fortemente com as saídas em ETFs à vista, sugerindo que investidores sofisticados estão migrando de exposição passiva à vista para estratégias ativas em derivativos. Essa mudança permite que traders expressem visões direcionalistas, protejam posições existentes ou gerem renda por meio de estratégias com opções – flexibilidade indisponível em produtos apenas de mercado à vista.

Considerações finais

O volume recorde de derivativos cripto da CME Group evidencia uma mudança fundamental na forma como instituições abordam a exposição a ativos digitais. Em vez de abandonar cripto durante períodos de volatilidade, participantes sofisticados estão aumentando o uso de derivativos regulados para gerenciar ativamente o risco e capitalizar oscilações de preço.

O salto de 132% ano a ano no volume diário médio para 270.900 contratos demonstra que a adoção institucional está acelerando apesar – ou talvez por causa – das condições de mercado desafiadoras. Quando o preço do Bitcoin caiu 30% em relação às máximas de outubro, o volume de derivativos disparou em vez de colapsar, validando a tese da CME de que a volatilidade impulsiona a demanda por ferramentas de gestão de risco.

O lançamento planejado da negociação 24/7 no início de 2026 representa outro marco na ponte entre finanças tradicionais e mercados de cripto. Atualmente, os derivativos cripto da CME são negociados de segunda a sexta-feira, criando lacunas quando movimentos nos mercados à vista no fim de semana ocorrem sem negociação correspondente em futuros. A negociação contínua eliminará essas desconexões, potencialmente atraindo mais participação institucional de investidores globais.

Com o valor nocional equivalente de opções de Bitcoin atingindo US$ 46 bilhões em 2025 e o open interest em máximas históricas, a CME consolidou sua posição como a principal referência para derivativos cripto institucionais. A introdução de índices de volatilidade de Bitcoin fortalece ainda mais esse ecossistema, fornecendo medidas transparentes de sentimento de mercado que podem orientar estratégias de negociação e gestão de risco.

À medida que os mercados de cripto amadurecem, o crescimento dos derivativos regulados sugere que as instituições veem ativos digitais como componente permanente de portfólios diversificados – e não apenas apostas especulativas a serem abandonadas em períodos de queda. Os volumes recordes da CME em meio a saídas de ETFs à vista evidenciam essa evolução: investidores sofisticados estão migrando de uma exposição simples à vista para estratégias complexas que exigem mercados de derivativos profundos, líquidos e regulados.

O marco de 21 de novembro demonstra que a integração das criptomoedas às finanças tradicionais continua se acelerando, com a CME Group posicionada como o principal local onde instituições gerenciam bilhões em exposição a ativos digitais por meio de uma infraestrutura de derivativos amplamente testada.

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Aviso Legal: As informações fornecidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser consideradas como aconselhamento financeiro ou jurídico. Sempre faça sua própria pesquisa ou consulte um profissional ao lidar com ativos de criptomoeda.
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