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PayPay lança integração de negociação de criptomoedas com a Binance Japão enquanto a fiscalização regulatória se intensifica

PayPay lança integração de negociação de criptomoedas  com a Binance Japão enquanto a fiscalização regulatória  se intensifica

Binance Japão ativou uma integração de pagamento direto com o PayPay, permitindo que os usuários do maior serviço de pagamento móvel do Japão comprem e vendam criptomoedas por meio de suas carteiras digitais. O serviço foi lançado esta semana, marcando a primeira vez que a plataforma japonesa da Binance se expandiu além das transferências bancárias tradicionais para depósitos e saques em moeda fiduciária.

A integração permite que os usuários do PayPay Money financiem compras de cripto e retirem ativos digitais de volta para suas carteiras de pagamento com transações a partir de ¥1,000 (aproximadamente $7). O serviço opera 24/7 com depósitos gratuitos e uma taxa de saque de ¥110 ($0.70), de acordo com o anúncio conjunto das empresas.

A integração de pagamentos segue a aquisição de 40% de participação acionária da PayPay na Binance Japão, anunciada em outubro de 2025. A aliança estratégica traz os 70 milhões de usuários da PayPay em contato direto com a infraestrutura de negociação de criptomoedas, representando potencialmente uma das maiores iniciativas de integração de cripto no varejo na Ásia.

"Ao combinar a extensa escala de usuários da PayPay com a tecnologia inovadora da Binance, seremos capazes de tornar o Web3 mais acessível para pessoas em todo o país", disse Takeshi Chino, Gerente Geral da Binance Japão, no anúncio de outubro.

O serviço também suporta Pontos PayPay para compras de criptomoedas, seja de forma independente ou combinada com Dinheiro PayPay. Os usuários devem completar a verificação de identidade em ambas as plataformas e vincular suas contas para ativar o recurso. Os limites de transação diária são definidos em ¥1 milhão ($6,400), com limites mensais em ¥2 milhões ($13,000).

Binance Japão, que iniciou operações em agosto de 2023 sob o registro no Escritório de Finanças Locais de Kanto, anteriormente exigia que os usuários movimentassem fundos por meio de contas bancárias japonesas ou carteiras de criptomoedas externas. A integração PayPay elimina essas etapas intermediárias, permitindo depósitos e saques com um clique diretamente do aplicativo de pagamento móvel.

Reforma Fiscal de Cripto no Japão no Horizonte

A integração de pagamento chega enquanto a Agência de Serviços Financeiros do Japão prepara mudanças significativas na regulamentação de criptomoedas. A FSA planeja reclassificar 105 ativos digitais, incluindo Bitcoin e Ethereum, como produtos financeiros sob a Lei de Instrumentos Financeiros e Intercâmbio até 2026, de acordo com relatórios do Asahi Shimbun.

A reclassificação proposta reduziria os impostos sobre ganhos de capital em criptomoedas aprovadas para uma taxa uniforme de 20%, alinhando-os com a tributação das negociações de ações. Atualmente, os residentes japoneses devem declarar lucros de cripto como "renda diversificada", submetendo traders de alto volume a taxas de impostos de até 55%.

Os critérios de seleção da FSA para a lista aprovada incluem transparência do projeto, estabilidade financeira do emissor, solidez da tecnologia subjacente e perfis de volatilidade de preços. A agência também planeja impor novas restrições ao insider trading, proibindo indivíduos e empresas com conexões com emissores ou bolsas de negociar enquanto possuem informações materiais não públicas sobre datas de listagem ou detalhes de segurança financeira.

As reformas propostas devem ser incluídas no plano orçamentário do Japão para o início de 2026, potencialmente catalisando o aumento da atividade comercial doméstica e a participação institucional nos mercados de ativos digitais do país.

Operador de Bolsa Contempla Regras Mais Rigorosas para Empresas de Tesouraria de Cripto

Enquanto a FSA persegue a reforma tributária, o Japan Exchange Group começou a rever sua abordagem a empresas listadas publicamente que acumulam significativas participações em criptomoedas. O operador da Bolsa de Valores de Tóquio está considerando medidas de supervisão mais rigorosas para empresas de tesouraria de ativos digitais após quedas acentuadas nas ações que deixaram investidores de varejo com perdas substanciais.

JPX está explorando várias opções regulatórias, incluindo o reforço da aplicação de regras de listagem backdoor e auditorias obrigatórias para empresas que mudam seu core business para a acumulação de cripto. Desde setembro, pelo menos três empresas japonesas listadas suspenderam planos de comprar criptomoedas após resistência da bolsa, com alertas de que suas capacidades de captação de recursos seriam restringidas se buscassem a aquisição de cripto como estratégia de negócios primária.

O escrutínio regulatório aumentou após várias perdas de alto perfil entre as empresas de tesouraria de ativos digitais do Japão. A Metaplanet listada em Tóquio, que detém 30,823 BTC como a quarta maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo, viu o preço de suas ações cair mais de 79% desde o pico de junho, apesar dos ganhos anteriores de 420% em 2025.

Atualmente, a JPX não possui regulamentos explícitos impedindo empresas listadas de deterem criptomoedas, mas um porta-voz indicou que a bolsa está monitorando empresas que levantam preocupações de risco e governança para proteger acionistas e investidores. As possíveis restrições refletem movimentos semelhantes em toda a Ásia, com Hong Kong bloqueando pelo menos cinco listagens de tesouraria de ativos digitais e a ASX da Austrália limitando equivalentes em dinheiro e cripto a 50% dos ativos totais.

Considerações Finais

O ecossistema de ativos digitais do Japão continua a se expandir, apesar da crescente atenção regulatória. O país registrou crescimento de 120% no valor recebido on-chain durante os 12 meses terminando em junho de 2025 em comparação com o ano anterior, superando outras nações da Ásia-Pacífico, de acordo com dados da Chainalysis.

O valor das transações de cripto no Japão dobrou para ¥33,7 trilhões ($230 bilhões) durante os primeiros sete meses de 2025, de acordo com dados da Associação de Intercâmbio de Ativos Virtuais e Cripto do Japão. O país agora hospeda mais de 13,2 milhões de contas de cripto em julho de 2025, com o total de holdings de ativos digitais atingindo ¥4,9 trilhões ($34,3 bilhões) em setembro de 2025.

Várias corporações japonesas adotaram estratégias de tesouraria de Bitcoin, lideradas por empresas como a Metaplanet. A startup japonesa JPYC também anunciou planos para lançar a primeira stablecoin lastreada em iene do país, refletindo o interesse institucional mais amplo em produtos de ativos digitais regulados.

A integração PayPay-Binance posiciona o SoftBank Group, que opera a PayPay por meio de sua subsidiária de telecomunicações japonesa, na interseção dos pagamentos tradicionais e da adoção de criptomoedas. O SoftBank apoiou notavelmente a Twenty One Capital, uma das maiores empresas de capital aberto do mundo com exposição ao Bitcoin, detendo aproximadamente 43,500 BTC avaliados em $3,7 bilhões.

O lançamento da integração também coincide com os preparativos da PayPay para uma oferta pública inicial nos EUA, com investidores supostamente aguardando avaliações superiores a $20 bilhões quando a listagem ocorrer, possivelmente já em dezembro de 2025.

Enquanto o Japão equilibra a expansão do mercado de cripto com medidas de proteção aos investidores, a convergência de trilhos de pagamento acessíveis e estruturas regulatórias em evolução pode estabelecer novos precedentes para a integração de ativos digitais em sistemas financeiros tradicionais na terceira maior economia da Ásia.

Aviso Legal: As informações fornecidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser consideradas como aconselhamento financeiro ou jurídico. Sempre faça sua própria pesquisa ou consulte um profissional ao lidar com ativos de criptomoeda.
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