A emissora da stablecoin Tether (USDT) lançou na quarta-feira o PearPass, um gerenciador de senhas que armazena credenciais localmente nos dispositivos em vez de em servidores na nuvem.
A iniciativa segue um ano em que mais de 16 bilhões de senhas foram vazadas no que a Forbes chamou de a maior violação de dados da história.
O aplicativo gratuito representa a expansão da Tether além das criptomoedas, entrando em infraestrutura digital mais ampla.
O CEO Paolo Ardoino primeiro sugeriu o PearPass em junho de 2025, após o vazamento maciço de credenciais.
O que aconteceu
O PearPass armazena todas as credenciais dos usuários em dispositivos individuais e as sincroniza entre dispositivos por meio de conexões peer-to-peer criptografadas.
O aplicativo elimina servidores centralizados dos quais gerenciadores de senhas tradicionais, como LastPass e 1Password, dependem.
Os usuários recuperam o acesso por meio de chaves privadas autogerenciadas em vez de sistemas de recuperação controlados por empresas.
O aplicativo de código aberto passou por uma auditoria de segurança independente feita pela Secfault Security, empresa especializada em análise criptográfica.
O PearPass inclui um gerador de senhas integrado e criptografia de ponta a ponta usando bibliotecas criptográficas de código aberto.
O aplicativo opera como parte do ecossistema Pear da Tether, que desenvolve alternativas descentralizadas à infraestrutura centralizada da internet.
A Tether posicionou o lançamento como uma resposta às vulnerabilidades no armazenamento de senhas em nuvem que resultaram em múltiplas violações de alto perfil.
A empresa opera o USDT, a maior stablecoin do mundo em capitalização de mercado.
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Por que isso importa
A arquitetura peer-to-peer remove pontos únicos de falha que tornam gerenciadores de senhas em nuvem alvos atraentes para atacantes.
O armazenamento local significa que as credenciais nunca existem em servidores externos vulneráveis a violações em massa.
A abordagem troca conveniência por segurança, exigindo que os usuários gerenciem suas próprias chaves de criptografia.
Chaves perdidas significam perda permanente de acesso, sem opção de recuperação.
O modelo exige forte segurança em nível de dispositivo, já que o armazenamento local continua vulnerável a malware e roubo de dispositivos.
A adoção em massa enfrenta barreiras, pois gerenciadores baseados em nuvem se integram perfeitamente a navegadores e plataformas.
O modelo de código aberto permite que pesquisadores de segurança auditem o código em busca de vulnerabilidades.
A entrada da Tether sinaliza o crescente interesse institucional em alternativas descentralizadas à infraestrutura centralizada.
O lançamento ocorre enquanto a empresa explora uma rodada de captação de US$ 20 bilhões, com avaliação de US$ 500 bilhões.
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