A taxa de hash da rede Bitcoin sempre diminuiu no verão. Este ano pode piorar ainda mais.

As ondas de calor de verão podem ter um profundo impacto na mineração de Bitcoin. Os mineradores têm que lidar com o calor excessivo durante todo o ano, mas com o aquecimento global se tornando mais proeminente, o problema fica bastante sério.

O halving que ocorreu no início deste ano já fez seu impacto nos mineradores. Com seus lucros cortados pela metade, os mineradores veem muito menos lucro em manter a funcionalidade da rede. Mineradores precisam buscar equipamentos mais contemporâneos e eficientes em termos de energia. A taxa de hash precisa estar subindo o tempo todo.

Ondas de calor podem ser um problema especificamente grave este ano.

Como todos sabemos, os mineradores usam máquinas extremamente poderosas (ASICs) que emitem muito calor como resultado de seus cálculos. Elas podem atingir temperaturas muito altas sem medidas de resfriamento adequadas. Portanto, para garantir que seus ASICs estejam seguros, os mineradores podem ter que desligá-los periodicamente para deixá-los esfriar.

Os consumidores de energia ao redor deles estarão ligando seus aparelhos de ar condicionado com mais frequência e essa demanda adicional pode prejudicar os mineradores também.

37% de todas as operações de mineração no mundo estão localizadas nos EUA. A maior parte delas - no quente Texas.

Isso pode se refletir na taxa de hash e criar "engarrafamentos" no tráfego da rede blockchain. Transações de Bitcoin mais rápidas exigirão taxas de mineração mais altas.

Alguns analistas observam que a taxa de hash já começou a cair desde que atingiu um recorde histórico em março. Em junho está 10% menor do que estava um mês antes.