Investidores institucionais estão se tornando cautelosos em relação à infraestrutura blockchain que promete alta velocidade, mas falha sob pressão.
Após a turbulência de mercado impulsionada por liquidações no fim de semana, o CEO da Sonic, Mitchell Demeter, disse que a próxima fase de crescimento do blockchain depende de redes manterem padrões de uptime e conformidade quando a volatilidade aumenta.
Em uma entrevista ao Yellow.com, Demeter disse que as instituições que ingressam em ativos digitais estão menos interessadas em velocidades teóricas de transação e mais focadas na resiliência operacional.
“À medida que jogadores institucionais entram, o foco vai mudar de quão rápido um blockchain pode liquidar transações para se ele pode continuar funcional quando a volatilidade chega,” disse ele.
Durante o estresse de mercado da sexta-feira, várias grandes redes experimentaram congestionamento e falhas em transações, levantando questões sobre sua prontidão para uso institucional.
Demeter disse que tais incidentes revelam uma fraqueza fundamental no design atual de blockchain.
“A indústria precisa de sistemas que performem no pico de carga sem desligar,” disse ele. “Essa estabilidade é o que investidores institucionais esperam de qualquer infraestrutura que usem.”
Para lidar com isso, Demeter disse que a Sonic está expandindo sua equipe executiva para incluir especialistas em relações governamentais e conformidade.
O objetivo, disse ele, é alinhar-se com a evolução dos frameworks regulatórios, em vez de resisti-los.
“Estamos focados em construir relacionamentos com governos para garantir que os frameworks estabelecidos sejam razoáveis para a indústria,” disse ele.
A mudança no tom reflete uma mudança mais ampla no setor de blockchain.
Após anos competindo em velocidade e métricas de throughput, muitas redes agora estão se reorientando em direção à confiabilidade, gerenciamento de riscos e interoperabilidade no mundo real, prioridades que espelham os sistemas financeiros tradicionais.
Demeter disse que as instituições no final julgarão a infraestrutura blockchain pela sua capacidade de permanecer online durante negociações de alto volume, não por quão rápida ela se move em condições ideais.
“As instituições não vão mover à blockchain por promessas de velocidade — vão mover quando virem estabilidade,” disse ele.
A recente disrupção de mercado serviu como lembrete de que a eficiência técnica por si só não ganhará a confiança institucional.
Para que os blockchains desempenhem um papel maior nas finanças globais, devem provar que podem suportar os mesmos choques dos sistemas que pretendem substituir, disse Demeter.