Um estudo recente virou a cabeça do mundo das criptomoedas. Ele revela verdades inesperadas sobre os proprietários de Bitcoin nos EUA.
O Instituto Nakamoto liderou o projeto. Eles pesquisaram 3.538 adultos americanos. O objetivo? Investigar a fundo quem realmente possui Bitcoin.
Troy Cross e Andrew Perkins lideraram a pesquisa. Eles queriam mais do que apenas dados superficiais.
"Nosso objetivo era entender as raízes de nossas identidades psicossociais", compartilhou Troy no X.
Os resultados? Eles estão longe das suposições comuns.
Os proprietários de Bitcoin não são apenas libertários de direita. Eles abrangem o espectro político. Essa descoberta chocou até mesmo os pesquisadores.
"Nós estávamos completamente errados", Cross admitiu no X. "A posse de Bitcoin não pende para a direita política ou para o libertarianismo."
Idade e gênero destacaram-se como fatores-chave. Os proprietários tendem a ser mais jovens e do sexo masculino. Mas é aí que os estereótipos terminam.
O estudo não encontrou fortes vínculos entre a posse de Bitcoin e raça, etnia, religião ou renda. Educação e alfabetização financeira também não desempenharam um grande papel.
As visões políticas entre os proprietários refletem a população mais ampla dos EUA. A maioria é moderada. Grupos menores inclinam-se para o conservadorismo ou o liberalismo.
Aqui está uma surpresa: indivíduos muito liberais têm mais probabilidade de possuir Bitcoin do que moderados.
O estudo também analisou valores morais. Tanto a ética liberal quanto a conservadora aparecem entre os proprietários. Não há uma tendência clara para nenhum dos lados.
Então, o que diferencia os proprietários de Bitcoin? Não é quem eles são. É o que sabem e acreditam sobre o Bitcoin.
Confiança, conhecimento e utilidade percebida são os grandes diferenciais. Os proprietários tendem a ver o Bitcoin como útil e moralmente aceitável.
Cross resumiu no X: "Os 14% dos americanos que possuem Bitcoin são simplesmente aqueles que estudaram a tecnologia e gostaram do que viram."
Em suma, o típico proprietário de Bitcoin nos EUA não é um estereótipo. Eles são apenas americanos que fizeram suas lições de casa sobre criptomoedas.
Este estudo pode abalar como pensamos sobre a adoção do Bitcoin. Não se trata de inclinações políticas ou demográficas. Trata-se de compreensão e crença na tecnologia.
O mundo das criptomoedas pode precisar repensar sua abordagem. Almejar grupos específicos pode não ser o caminho a seguir. Em vez disso, focar na educação e na construção de confiança pode ser a chave para uma adoção mais ampla.
À medida que o cenário das criptomoedas evolui, nossa compreensão de quem está nessa jornada também pode mudar. Este estudo é apenas o começo. Ele abre portas para uma pesquisa mais detalhada sobre as mentes dos proprietários de Bitcoin.
Uma coisa é clara: o rosto do Bitcoin na América é mais diversificado do que pensávamos. É um caldeirão de ideias, crenças e origens. Assim como a própria América.