Bitcoin não enfrenta uma ameaça existencial da computação quântica, mas passará por um choque de oferta quando a rede atualizar para criptografia resistente a ataques quânticos, segundo Michael Saylor, presidente executivo da Strategy. A transição forçará uma separação permanente entre moedas ativas e saldos perdidos, potencialmente revelando quanto Bitcoin desapareceu de circulação.
O que aconteceu: a tese da atualização quântica
O chefe de pesquisa da Galaxy Digital, Alex Thorn, entrevistou Saylor nesta semana após a publicação, em 16 de dezembro, do post em que Saylor apresenta sua tese “Bitcoin Quantum Leap” no X.
Saylor argumentou que a computação quântica irá fortalecer o Bitcoin, em vez de destruí‑lo, por meio de uma atualização coordenada da rede que reforça a segurança ao mesmo tempo em que reduz a oferta disponível.
O processo de atualização acompanhará a adoção institucional mais ampla de padrões de criptografia resistentes a ataques quânticos.
“Vai chegar um momento em que o mundo formará um consenso de que há uma ameaça quântica”, disse Saylor. “Você não vai deixar passar, porque o governo dos Estados Unidos vai orientar todos os contratados de defesa a atualizar seus algoritmos de criptografia para que sejam resistentes à computação quântica.”
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Por que isso importa: revelação da oferta
A estrutura de Saylor trata a transição quântica como um evento de “limpeza de mercado” que identificará permanentemente o Bitcoin perdido.
As moedas controladas por detentores vivos, com acesso às chaves privadas, migrarão para carteiras resistentes à computação quântica, enquanto as moedas pertencentes a detentores falecidos ou cujas chaves foram perdidas permanecerão congeladas no antigo padrão de criptografia.
“Nós vamos recriptografar todo o Bitcoin e todas as carteiras”, disse Saylor. “Isso será recriptografado se os detentores das chaves privadas estiverem vivos e se eles gostarem de dinheiro. Se estiverem mortos, eles não vão recriptografar.”
O executivo minimizou as preocupações sobre como alcançar consenso na rede descentralizada do Bitcoin.
Ele espera que os incentivos econômicos impulsionem a adoção entre detentores com grandes saldos, comparando o desafio de coordenação às cadeias de suprimentos globais, que acabam se alinhando sob pressão, apesar da fragmentação entre milhares de entidades.
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