A Coinbase revelou seu relatório inaugural sobre o Desempenho dos Validadores de Ethereum, apresentando métricas abrangentes sobre sua presença significativa no ecossistema de staking de Ethereum. O relatório confirma que a exchange de criptomoedas opera 120.000 validadores que gerenciam coletivamente 3,84 milhões de ETH em stake, representando 11,42% do total de ETH em stake no Ethereum.
"Estamos empolgados em anunciar nosso primeiro Relatório de Desempenho dos Validadores de Ethereum, marcando um novo nível de transparência em nossas operações de staking de ETH," afirmou a empresa em um post de 19 de março no X. Além de suas operações de staking diretas, a Coinbase relatou um adicional de 581.500 ETH em stake através de suas redes de parceria.
A exchange destacou seu registro perfeito em relação a incidentes de slashing—uma medida punitiva na rede Ethereum onde validadores perdem fundos em stake por violações de regras. Desde o lançamento das operações de validadores, a Coinbase manteve zero casos de slashing ou double signing, uma métrica crítica de segurança para provedores institucionais de staking.
Dados de desempenho de fevereiro de 2025 mostraram que a plataforma alcançou um tempo médio de atividade de 99,75%, excedendo seu limite alvo de 99%. A Coinbase atribuiu esse desempenho robusto a atualizações estruturais implementadas no ano passado, que possibilitam a manutenção de beacons sem interromper as operações dos validadores.
Curiosamente, a empresa declarou explicitamente que não busca 99,9% de uptime, priorizando medidas de segurança em detrimento de ganhos marginais de desempenho que poderiam introduzir riscos de slashing. A taxa de participação do validador, que acompanha a execução de deveres de consenso, coincidiu com a figura de uptime, chegando a 99,75% em fevereiro.
A Coinbase implementou uma estratégia de distribuição geográfica para melhorar a resiliência da rede e a conformidade regulatória. Seus validadores operam em cinco países, incluindo Japão, Singapura, Irlanda, Alemanha e Hong Kong, enquanto utilizam tanto a AWS quanto o Google Cloud Platform para redundância de infraestrutura. Essa abordagem multi-regional ajuda a mitigar riscos de falha e acomoda requisitos regulatórios variados em diferentes jurisdições.
O relatório detalhou as capacidades de contingência da Coinbase, observando que seu sistema de orquestração de validadores pode migrar cargas de trabalho com tempo de inatividade mínimo durante interrupções regionais ou falhas de provedores de nuvem. Essa infraestrutura foi testada com sucesso durante períodos de manutenção programada e migrações impulsionadas por clientes.
A diversidade de clientes forma outro pilar da estratégia de staking da Coinbase. A empresa executa dois clientes de consenso (Lighthouse e Prysm) juntamente com dois clientes de execução (Geth e Nethermind) para seus validadores de Ethereum. A Coinbase monitora a distribuição de clientes em toda a rede e indicou que está avaliando implementações adicionais para diversificar ainda mais sua infraestrutura técnica.
Para otimizar as recompensas de staking enquanto reduz o risco de centralização, a Coinbase emprega uma abordagem de diversificação de relé.
A exchange conecta-se a seis relés MEV (Valor Extraível Máximo), incluindo Flashbots MEV-Boost Relay, bloXroute Max Profit Relay e quatro alternativas não censurantes: ultra-sound relay, Agnostic Relay, Aestus MEV-Boost Relay e Titan Relay.
Essa estrutura de multi-relé aprimora a redundância operacional ao mesmo tempo que amplia o acesso a pools de blocos diversos, de acordo com a exchange. A empresa indicou que essa abordagem ajuda a equilibrar a otimização de recompensas com considerações sobre a saúde da rede.