Imagine um mundo onde a volatilidade das criptomoedas como Bitcoin e Ethereum é domada, onde os ativos digitais oferecem a estabilidade das moedas fiduciárias tradicionais, e onde o poderoso euro europeu ocupa o centro do palco no reino do blockchain. Bem-vindo à ascensão dos euro stablecoins— uma inovação financeira que está lentamente conquistando um nicho na economia cripto global.
À medida que a União Europeia aperta seu controle regulamentar com estruturas como a regulamentação de Mercados de Criptoativos (MiCA), os euro stablecoins estão emergindo como uma ponte entre o velho mundo fiduciário e a nova fronteira das finanças descentralizadas (DeFi). Mas o que exatamente são esses euros digitais, e por que você deveria se importar?
Em 2025, o mercado de stablecoins ultrapassou os $200 bilhões globalmente, com gigantes como o Tether (USDT) e USD Coin (USDC), atrelados ao dólar americano, dominando as manchetes. No entanto, sob essa narrativa centrada no dólar, uma revolução mais silenciosa está se formando na Europa.
Os euro stablecoins, atrelados à moeda única da zona do euro, estão ganhando força à medida que a UE se posiciona como uma pioneira regulatória no espaço cripto. De startups fintech a visionários do blockchain, a corrida está lançada para criar um stablecoin que possa rivalizar com a dominância digital do dólar enquanto cumpre as rigorosas regras da Europa. Neste artigo, vamos explicar o que são os stablecoins, focar na variedade específica do euro, destacar os cinco principais players neste mercado e explorar o que seu surgimento significa para o futuro do dinheiro.
O que é um Stablecoin?
Se você já mergulhou no mundo cripto, provavelmente encontrou a montanha-russa das variações de preço— o Bitcoin disparando para $100.000 em um dia, apenas para despencar no próximo. Stablecoins são o antídoto para esse caos.
Em sua essência, os stablecoins são criptomoedas projetadas para manter um valor estável ao se vincular a um ativo externo, mais comumente uma moeda fiduciária como o dólar americano ou, neste caso, o euro. Pense neles como amortecedores digitais, suavizando a selvagem volatilidade que define grande parte do mercado cripto.
Os stablecoins alcançam essa estabilidade por meio de vários mecanismos. O mais comum é a colateralização, onde cada token é respaldado por uma reserva do ativo atrelado—digamos, um euro em uma conta bancária para cada euro stablecoin em circulação. Outros, como os stablecoins algorítmicos, confiam em contratos inteligentes complexos para ajustar oferta e demanda, embora esses tenham enfrentado críticas na Europa sob o olhar atento do MiCA. O resultado? Um ativo digital que é tão confiável quanto dinheiro para pagamentos, negociações ou poupanças, mas vive inteiramente no blockchain, livre do atrito da banca tradicional.
Desde a sua concepção com o Tether em 2014, os stablecoins explodiram em popularidade. Hoje, eles são a força vital do comércio cripto, representando uma grande parte do volume de transações diárias—mais de 50% somente para o Bitcoin, de acordo com a Andreessen Horowitz.
Além do comércio, eles são um auxílio nos mercados emergentes como a Argentina, onde 62% das transações cripto agora envolvem stablecoins como hedge contra a inflação. Em suma, os stablecoins são os heróis anônimos do mundo cripto, oferecendo estabilidade em um mar de especulação. Os stablecoins podem ser o ingresso da Europa para se manter à frente da curva — ou pelo menos acompanhar o ritmo.