Binance enfrenta um processo federal de US$ 1 bilhão movido por 306 vítimas e familiares do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, semanas depois de o presidente Donald Trump ter perdoado o fundador da plataforma. A ação civil alega que a maior corretora de criptomoedas do mundo em volume de negociação facilitou o financiamento ao terrorismo por meio de falhas de conformidade e transferências off-chain. O processo chega no momento em que Changpeng Zhao, conhecido como CZ, fica livre de responsabilidade criminal após o perdão presidencial que anulou sua sentença de quatro meses de prisão.
O que aconteceu: alegações de financiamento ao terrorismo
A ação civil filed em um tribunal federal na Dakota do Norte cita Binance, CZ e a executiva Gunagying "Heina" Chen como réus. Os autores incluem vítimas que foram assassinadas, feridas ou feitas reféns durante o ataque. A equipe jurídica alega que a Binance operou como veículo de lavagem de dinheiro para o Hamas, o Hezbollah, a Jihad Islâmica Palestina e a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
A queixa afirma que a Binance permitiu que esses grupos transferissem fundos por meio de redes off-chain com supervisão de conformidade mínima, usando contas na Venezuela e no Brasil.
Documentos judiciais citam casos específicos, incluindo contas pertencentes a Ali Mohammad Alawieh, filho de um comandante do Hezbollah, e a um operador de 25 anos da Jihad Islâmica Palestina.
Mensagens internas de conformidade supostamente mostram que executivos da empresa sabiam que estavam lidando com fundos ilícitos. A jurisdição da Dakota do Norte foi escolhida porque transações da Binance teriam se originado de endereços IP ligados a operadores associados ao Hamas nos Estados Unidos.
Trump concedeu perdão a CZ em 2025, após sua confissão de culpa em 2023 por não manter um programa de combate à lavagem de dinheiro. O perdão anulou sua condenação criminal e eliminou a pena de quatro meses, que estava prevista para começar em 30 de abril de 2024. Uma resolução do Senado dos EUA (S. RES. 466), emitida em 23 de outubro de 2025, condena formalmente o perdão, destacando o que parlamentares descreveram como graves violações das leis de crimes financeiros.
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Por que isso importa: questões de precedente
O caso pode definir se corretoras de criptomoedas têm responsabilidade legal por financiamento ao terrorismo conduzido por meio de suas plataformas. Especialistas jurídicos envolvidos na ação argumentam que a corretora possibilitou atos de terrorismo, incluindo assassinatos e sequestros, por meio de falhas sistemáticas de conformidade. Os autores buscam indenizações compensatórias e em triplo.
Ray Youssef, CEO da NoOnes, alegou que a Binance confiscou fundos de moradores de Gaza e os entregou às forças militares de Israel juntamente com dados de identificação de clientes.
"Um jovem entrou em contato comigo. Ele perdeu as economias de toda a vida. Eles perderam US$ 40 bilhões. Não foram apenas palestinos. Foi qualquer pessoa com nome árabe ou muçulmano", disse Youssef à BeInCrypto.
Ele lidera uma campanha de boicote contra a corretora com base nessas alegações.
A Binance contesta as acusações, afirmando que cumpre as leis internacionais de sanções.
A empresa citou declarações do Tesouro dos EUA indicando que o uso de criptomoedas pelo Hamas não é disseminado.
A cofundadora Yi He classificou as críticas como reação institucional contra o setor cripto. O processo vem recebendo ampla cobertura na mídia judaica e internacional, enquanto observadores acompanham se a responsabilidade civil poderá prevalecer onde a persecução criminal terminou com um perdão presidencial.
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