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Brasil poderia criar uma reserva estratégica de Bitcoin sob novo projeto de lei
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Brasil poderia criar uma reserva estratégica de Bitcoin sob novo projeto de lei

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Alexey BondarevNov, 27 2024 18:40
Brasil poderia criar uma reserva estratégica de Bitcoin sob novo projeto de lei

O Brasil está prestes a causar impacto no cenário financeiro global com uma proposta inovadora para incorporar Bitcoin em suas reservas soberanas. Liderado pelo deputado Eros Biondini em 25 de novembro de 2024, o projeto de lei da Reserva Estratégica Soberana de Bitcoin (RESBit) visa alocar até 5% das reservas de US$ 355 bilhões do Brasil para o Bitcoin. Este movimento estratégico busca aprimorar a estabilidade econômica, protegendo-se contra a volatilidade cambial e riscos geopolíticos, posicionando o Brasil ao lado de países como El Salvador na exploração de criptomoedas.

A proposta introduz inovações além das meras reservas de Bitcoin. Defende a inclusão de tecnologias de blockchain e IA para fortalecer a transparência e segurança. Caso a legislação seja aprovada, as reservas de Bitcoin poderiam potencialmente sustentar a futura moeda digital do banco central (CBDC), o Real Digital, conhecido como Drex.

A decisão de El Salvador em 2021 de adotar o Bitcoin como moeda legal serve de inspiração para o Brasil. Com quase 6.000 BTC no valor de US$ 542 milhões, El Salvador relata benefícios econômicos significativos, incluindo aumento da inclusão financeira e atração de investimentos estrangeiros. O projeto de lei do Brasil sugere emular essas vantagens em uma escala maior—definir um limite de 5% das reservas em Bitcoin para alinhar o potencial de benefício com a mitigação do risco de volatilidade. O blockchain garantiria a transparência das transações, complementado por IA para a segurança operacional. A supervisão por um comitê consultivo técnico, composto por especialistas em segurança e finanças, mitigaria possíveis riscos de má gestão.

Esta iniciativa surge em meio a um aumento no setor cripto do Brasil, com um recorde de US$ 1,4 bilhão em importações de criptomoedas em setembro de 2024—representando um aumento de 40% em comparação ao ano anterior, de acordo com o Banco Central do Brasil. As stablecoins impulsionam predominantemente essa tendência, constituindo 70% das transações, destacando o crescente apetite dos brasileiros por ativos digitais.

Os números cumulativos são ainda mais impressionantes: entre janeiro e setembro de 2024, foram importados ativos cripto no valor de US$ 13,7 bilhões, marcando um aumento de 60% em comparação aos US$ 8,4 bilhões no mesmo período de 2023. Essa tendência reflete tanto a crescente aceitação da criptomoeda no mainstream quanto o potencial do Brasil em emergir como um epicentro cripto global.

A abordagem regulatória do Brasil para ativos virtuais evoluiu desde que as criptomoedas foram reconhecidas pela primeira vez em 2014. Excluindo-as das primeiras regulamentações de pagamentos eletrônicos, o Banco Central do Brasil (BCB) formulou políticas subsequentes para esclarecer seu status. Em 2019, a Receita Federal implementou regras de declaração de impostos sobre criptomoedas. Estas permanecem aplicáveis juntamente com as definições atualizadas de 2023.

Pioneirando várias iniciativas, o BCB visa integrar ativos digitais no ecossistema financeiro do Brasil. Passos importantes incluem a criação de um Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas em 2018 e o lançamento do projeto de moeda digital do banco central Real Digital em 2021. O roteiro regulatório futuro antecipa regras abrangentes para Prestadores de Serviços de Ativos Virtuais (VASPs) até 2025.

Colaborações com instituições-chave como Microsoft e Chainlink no projeto CBDC indicam a prontidão do Brasil para adotar inovações de ativos digitais enquanto se prepara para clareza regulatória e requisitos de licenciamento.

Esta proposta coloca o Brasil na vanguarda da estratégia de ativos digitais, mostrando o compromisso do país em abraçar avanços tecnológicos para resiliência e crescimento econômico.

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