Em uma recente sessão do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA, a representante da Califórnia, Maxine Waters, expressou preocupações em relação à potencial corrupção e riscos à segurança nacional decorrentes do memecoin do presidente Donald Trump. Waters criticou a ausência de supervisão de criptomoedas na agenda do comitê liderado pelos republicanos.
Na reunião organizacional em 22 de janeiro, destinada a definir diretrizes para a 119ª sessão do Congresso, Waters, uma democrata e membro de alto escalão do comitê, destacou a urgência de supervisão no setor cripto. Ela ressaltou como "alarmante" que a agenda da maioria republicana omitiu a fiscalização sobre empresas de criptomoedas e instituições financeiras.
Waters apontou para bilionários da tecnologia e CEOs que participaram da posse de Trump dentro do Capitólio dos EUA em 20 de janeiro, enquanto outros suportaram temperaturas congelantes do lado de fora. Ela criticou particularmente o lançamento do token oficial de Trump (TRUMP).
"Notavelmente ausente do plano está qualquer revisão das ações tomadas pelo atual Presidente, ações que podem representar uma ameaça à segurança nacional", declarou Waters. "Horas antes de assumir o cargo, o Presidente Trump e sua família introduziram memecoins que dispararam em valor. Isso supostamente aumentou sua riqueza pessoal e pode servir como um canal para indivíduos sancionados ou entidades hostis enviarem dinheiro diretamente a Trump."
Mantendo sua posição como a principal democrata no comitê, Waters observou a assunção do cargo pelo representante de Arkansas, French Hill, em 3 de janeiro, após a saída de Patrick McHenry. O comitê continua entre aqueles no Congresso com expectativa de desempenhar um papel crítico na política cripto, já que muitos antecipam ações legislativas para garantir clareza regulatória ao invés de imposição agressiva sobre ativos digitais.
O Presidente Hill articulou que a "agenda ambiciosa" republicana para o novo Congresso visa melhorar a educação financeira e o acesso bancário. Em relação aos ativos digitais, ele enfatizou o foco do comitê em fornecer clareza legal, o que poderia levar a diretrizes envolvendo a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e a Comissão de Comércio de Futuros de Commodities:
"Nosso objetivo é trazer clareza legal aos ativos digitais, capacitando inovadores a desenvolver produtos financeiros descentralizados que promovam o empoderamento social e reforcem a liderança da América nesta tecnologia financeira."
Lançando o token TRUMP em 17 de janeiro, pouco antes de assumir o cargo, o presidente eleito Trump iniciou uma tendência seguida por Melania Trump com seu memecoin. Essas iniciativas enfrentaram críticas, com alguns sugerindo tentativas de explorar a presidência para fins pessoais.
No Dia da Posse, Waters manifestou suas preocupações de que o memecoin poderia enganar os investidores, deixando-os "com ativos sem valor" se os insiders liquidarem suas participações:
"O memecoin de Trump introduziu um método para evitar regulamentos de segurança nacional e anticorrupção, permitindo que partes transferissem recursos secretamente para ele e seus associados."
Após um declínio inicial de preço antes da posse, o valor do token aumentou mais de 400%, alcançando uma capitalização de mercado superior a $14 bilhões.