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JPMorgan Suspende Início de Operações da Gemini Após Críticas Sobre Taxa de Dados de $2 Bilhões

JPMorgan Suspende Início de Operações da Gemini Após Críticas Sobre Taxa de Dados de $2 Bilhões

A exchange de criptomoedas Gemini teve seu processo de início de operações suspenso pelo JPMorgan Chase após o cofundador Tyler Winklevoss criticar publicamente a nova estrutura de taxas do banco voltada para empresas de fintech. A suspensão afeta a capacidade da Gemini de reestabelecer serviços bancários com o maior banco do país após o fechamento prévio de contas durante o aumento da fiscalização regulatória sobre empresas de ativos digitais.

O Que Saber:

  • O JPMorgan Chase pausou o recomeço da Gemini após Tyler Winklevoss criticar as novas taxas cobradas das plataformas de fintech pelo acesso a dados de clientes
  • O banco processa quase dois bilhões de solicitações de dados de terceiros por mês, alegando que a maioria não está relacionada a atividade real de clientes
  • A Gemini já havia perdido serviços bancários do JPMorgan durante a "Operação Choke Point 2.0" e recentemente entrou com um pedido sigiloso de IPO

Gigante Bancário Defende Taxas de Acesso a Dados

A disputa gira em torno da decisão do JPMorgan de cobrar taxas das plataformas de fintech pelo acesso a dados bancários de clientes. Essas plataformas tipicamente servem como intermediárias entre serviços bancários tradicionais e empresas de criptomoedas, facilitando conexões de contas para transações de ativos digitais.

Winklevoss usou a plataforma de mídia social X para denunciar a política após um relatório da Bloomberg detalhar a nova estrutura de taxas. Ele caracterizou as cobranças como potencialmente devastadoras para operações de fintech, avisando que poderiam "quebrar fintechs" que permitem aos usuários vincular contas bancárias a serviços de cripto.

O cofundador da Gemini descreveu a política como uma "captura regulatória flagrantemente injusta" que prejudica a inovação e prejudica os consumidores.

O JPMorgan defendeu sua posição em declarações à Forbes, embora o banco não tenha abordado diretamente a situação da Gemini. Representantes do banco citaram o volume massivo de solicitações de dados de terceiros—quase dois bilhões mensais—como justificativa para as taxas. Funcionários argumentaram que a maioria das solicitações não está relacionada à atividade genuína de clientes e que as cobranças visam reduzir o mau uso do sistema enquanto aumentam as medidas de proteção ao consumidor.

Exchange de Cripto Enfrenta Desafios Renovados com Bancos

Após a crítica pública de Winklevoss, o JPMorgan informou à Gemini que estava suspendendo o processo de recomeço da exchange. Este desenvolvimento representa um revés para a Gemini, que já havia perdido acesso aos serviços bancários do JPMorgan durante o que os participantes da indústria chamaram de "Operação Choke Point 2.0."

Aquele período anterior viu várias empresas de criptomoedas perderem relações bancárias em meio à pressão regulatória intensificada sobre instituições financeiras que prestam serviços a empresas de ativos digitais. A natureza coordenada dessas restrições bancárias atraiu críticas de defensores do cripto que argumentaram que as ações representavam uma campanha não oficial do governo para isolar a indústria dos serviços financeiros tradicionais.

Os desafios bancários atuais da Gemini chegam em um momento particularmente sensível para a empresa. A exchange apresentou confidencialmente um pedido de oferta pública inicial no início deste mês, posicionando-se para entrada no mercado público ao expandir serviços para incluir ofertas de ações tokenizadas.

Tensões da Indústria Persistem em Meio à Incerteza Reguladora

Winklevoss prometeu continuar desafiando o que chamou de "comportamento anti-competitivo, visando lucros" dirigido a empresas de fintech e criptomoedas. Seus comentários refletem frustrações mais amplas dentro da indústria de ativos digitais quanto ao acesso a serviços bancários tradicionais e acordos de compartilhamento de dados.

O conflito ilustra tensões persistentes entre grandes bancos dos EUA e plataformas de criptomoedas à medida que a supervisão regulatória das operações de fintech continua a se intensificar. Instituições financeiras enfrentam escrutínio crescente sobre suas práticas de compartilhamento de dados enquanto navegam por requisitos complexos de conformidade para atender empresas de ativos digitais.

Essas dinâmicas criaram um ambiente onde os bancos cada vez mais enxergam empresas de criptomoedas como clientes de alto risco, levando a restrições de serviços e taxas adicionais que os participantes da indústria argumentam sufocar a inovação e a competição.

Conclusão

A disputa entre JPMorgan e Gemini exemplifica os desafios contínuos que as empresas de criptomoedas enfrentam para manter relações com instituições financeiras tradicionais. À medida que o escrutínio regulatório se intensifica e os bancos implementam novas estruturas de taxas, o conflito destaca a interseção complexa da inovação fintech, proteção ao consumidor e práticas bancárias competitivas.

Aviso Legal: As informações fornecidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser consideradas como aconselhamento financeiro ou jurídico. Sempre faça sua própria pesquisa ou consulte um profissional ao lidar com ativos de criptomoeda.